Sabemos que o jogo da arte não é só um jogo, que a compreensão e a criação caminham juntas. Aqui, o jogo como sistema de representação não alheia ao conhecimento de que é expressão construtiva, regula-se internamente por processos de imaginação poética, atentos às dinâmicas do sistema cultural que o determina. A simbolização aparece como modo de apreensão da realidade. Partilha com a ciência, a tarefa essencial, para uma mesma actividade cognitiva, de criar sistemas de símbolos, estando a diferença nos processos simbólicos utilizados. Aqui o sistema não verbal é de referencia múltipla, indirecta e complexa e passível de interpretação não consensual.

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Sabemos que o jogo da arte não é só um jogo, que a compreensão e a criação caminham juntas. Aqui, o jogo como sistema de representação não alheia ao conhecimento de que é expressão construtiva, regula-se internamente por processos de imaginação poética, atentos às dinâmicas do sistema cultural que o determina. A simbolização aparece como modo de apreensão da realidade. Partilha com a ciência, a tarefa essencial, para uma mesma actividade cognitiva, de criar sistemas de símbolos, estando a diferença nos processos simbólicos utilizados. Aqui o sistema não verbal é de referencia múltipla, indirecta e complexa e passível de interpretação não consensual.
Filipe Garcia voluntariamente ambíguo, problematiza questões fundamentais do âmbito da investigação cognitiva, numa estrutura semanticamente profunda a determinar as representações e as suas relações sintacticamente densas. Encontramos na sua obra analogias e semelhança com o mundo físico da estrutura atómica e as suas leis e com o mundo psíquico. Nas questões que a obra permite encontramos a problematização da heterogeneidade da experiência espacial e da percepção no tempo em interacção íntima, como condições de possibilidade da experiência e sua inteligibilidade. Reinterpretam-se as relações entre local e global na combinatória de um jogo puramente construtivo. afirma-se o mundo da experiência como totalidade aberta. A sua expressão não é isenta de vínculos num diálogo entre a intuição livre e as leis formativas da arte a que se acrescenta a invenção de sua própria regra. Afirma-se aqui um jogo de correspondências, na estrutura visível da obra e todo o trabalho cultural que a antecede. Assim na construção da verdade que lhe corresponde encontramos a estrutura simbólica da sua versão dos mundos possíveis. As possibilidades de existência de uma estrutura em que as noções de parte e de todo são intercambiadas, mostram-nos numa relação sem centro privilegiado, as formas que se vêm como padrões das forças que suportam a existência.

A expressão é intensa, nos limites da visibilidade, a unidade múltipla e articulada entre o linear e o pictórico, em contradições dinâmicas onde tudo se atrai ou repele, se homogeniza ou heterogeniza. A linha modula uma espacialidade prévia que a metamorfose exige, nos seus diversos graus de actualização e potencialização relativas. Material complexo o que imerge no plano da composição, nas zonas de indeterminação, de indescernibilidade que nos revelam as forças e os seus devires, numa heterogénese que nos restitui o infinito. No seu modo de formar enunciam-se operando com intuição, as questões da construção da complexidade e da exigência de um repensar aquilo que nos pensa como composto de multiplicidades. Também a ordem dos coexistentes e as complexas dinâmicas do que se produz continuamente. O encontro do especulativo com o real num tactear feito de rupturas que tenta aceder a uma verdade depositada no mundo. Filipe Garcia trabalha numa liberdade intelectual que prescinde da lógica clássica da não contradição e do terceiro excluído. Neste processo que nos inventa na condição experimental e afirmativa que pressupõe a libertação das possibilidades já dadas, esta um profundo vitalismo que não renuncia à sua distancia de ordem simbólica. Coisa mental, o objecto material que a manifesta é aqui traço aproximativo. Quanto à linguagem para que a consciência tende acrescentar-se-á pelo uso e frequência das obras de arte e será sempre em relação ao sentido (entendido problematicamente), aquilo que está implicado na nossa existência, e aqui é o trabalho da sensação.

L.C.C.

We know that the game’s of art is not only a game, that understanding and creation walk together. Here, the game as a representation sistem, not oblivious to the knowledge that is constructive expression, is regulated internally by processes of of poetic imagination, attentive to the dynamics of the cultural system which determines. The symbolization appears as a mode of apprehending reality. Sharing with science, the essential task for the same cognitive activity, creating symbol systems, the difference being in the symbolic processes used. Here the nonverbal system are of multiple, indirect and complex, and subject to nonconsensual interpretation.
Filipe Garcia voluntarily ambiguous, problematizes fundamental issues within the cognitive research, in a deep semantic representation to determine their structures relationships, syntactically dense.
Find analogies in his work and resemblance to the atomic structure of the physical world and its laws of the psychic world. The issues that we find in the work allows the questioning of the heterogeneity of spatial experience and perception of time in close interaction, such as conditions of possibility of experience and its intelligibility. Reinterpret the relationships between local and global in a purely constructive combinatorial game. States the world of experience as an open totality. Its expression is not without ties a dialogue between free intuition and the formative laws of art that adds to the invention of his own rule. It is stated here a set of correspondences in the visible structure of the work and all the cultural work that precedes it. Thus the construction of truth to which it corresponds we find the symbolic structure of his version of all possible worlds.
The possibilities of existence of a structure in which the notions of part and whole are interchanged, show us a relationship without privileged center, the forms themselves as patterns of forces that support the existence.

The expression is intense within the limits of visibility, multiple and articulated unit between the linear and pictorial, in dynamic contradictions where everything attracts or repels, is homogenized or heterogeniza.
The line modulates a spatiality that prior to metamorphosis requires, in its various degrees of updating and relative potentiation. Complex material which grows into the plane of composition, areas of indeterminacy, of indescernibilidade that reveal the strengths and its becomings, in a heterogenesis that restores the infinite.
In his way of forming enunciate-operating with intuition, the issues of building complexity and the requirement for a rethink on what you think as composed of multiplicities. Also the order of coexisting and the complex dynamics of what is produced continuously. The meeting of speculative with a real groping made ​​of ruptures that tries to access a truth deposited in the world.
Filipe Garcia works in intellectual freedom that waives the classical logic of non-contradiction and the excluded middle. In this process he invents in the affirmative and experimental condition that requires the release of the possibilities already given, this deep vitalism that does not renounce its distance from the symbolic order. Mental thing, the material object that expresses the approximate trace is here. As for the language to which consciousness tends will be added to by the use and frequency of works of art and will always be relative to the direction (problematically understood), to what is involved in our lives, and here is the work of sensation.

L.C.C.