Medit action Inside Specific II
Esta abordagem performativa pretende estabelecer uma ponte estético ética na relação entre a percepção e a apercepção da propriocepção do observador sensível,e da sua relação com o processo prático que leva à medição efectiva da nossa corporalidade hermeticamente encerrada na alteridade do outro.
Pretende levantar questões relativas à feitura da obra no simulacro da acção assim entendida; o sujeito criador nada ou pouco precisa de fazer para demonstrar efectivamente o processo relacional entre o medo e o amor durante a aproximação dessa dualidade ilusória no espectador que visualiza a obra, contanto que para isso acontecer terá de estabelecer em quem sente o processo efectivo quer estético quer ético da relação que leva o sujeito a tornar-se objecto e o objecto sujeito.
O hiper estimulo interno proprioceptivo remete o performer para o in.finito estético no campo expandido da consciência, pois a sensação que se experiencia é de in.corporalidade e de efectiva e maior consciência de si, espaço fundamental para a boa compreensão do sublime aperceptivo que é a criatividade. Sendo essa relação estético ética realizada na fronteira do percepto. No caso do observador o caso remete-nos para o campo da dualidade estético, ético/moral, pois a sua fruição advém da observação singular mas também da pre sentida em grupo, colocar-se-a na alter idade do outro e na de si mesmo, e na dos que o circundam, pois ao colocar-se nesse plano de lugar, estetiza de forma utópica, quer o amor quer o medo que sente na efectividade do seu antagónico, esse que ou é estetico/ético ou estético/moral.
Sem centro desresponsabiliza-se da efectiva frónesis do sentir refugiando-se só e apenas no papel filosófico do entendimento mental. O espectador ao estar em grupo responde estética ética e moralmente, o performer ao estar medindo a acção na sua in.finitude não responde contempla apenas a fragilidade da sua ética na fronteira de se estetizar pela sensatez. Assim esta acção propõe o despertar dessa observação superior e do silêncio necessário para a observação da singularidade que somos e dos papeis que não compreendemos por falta de sensatez comportamental. Pretende medir a acção in site specific na sua complitude, na sua unidade.
Medit.action. Inside.specific 2 Lofte, Novembro 2012 Porto PT Filipe Garcia e Fabiola Fernandes(in) Maria Trabulo e Hugo Soares(out) lofteporto