Teoria da Pintura – uma colecção quase objecto, ou mais.
‘Equilibrium out side of the box’

 

“Qualquer colecção corresponde a uma vontade de seleccionar, combinar e reunir – traduções ambivalentes do verbo latino colligere, que preside à sua génese. A aspiração ao acabado, à série completa, ao definitivo, é uma constante em todas elas, assim como a consciência da colecção como um todo, que lhes está normalmente subjacente. Com efeito, face a outro tipo de relações contextuais correntes na História da Arte, a relação que se estabelece no interior de uma galeria ou colecção tem a particularidade de cada imagem ter como “pano de fundo” o conjunto das demais obras (fundo este que, em última instância, não é mais do que “a arte”).”

(Excerto do texto “O olho curioso”, de Maria José Goulão, para a exposição “Teoria da Pintura – uma colecção quase objecto, ou mais.”).

 

‘Equilibrium out side of the box’[1] exprime-se pela exacerbação do formal e de sua transcendência de devir, num presente-espaço-tempo de quietude e espera, que sublima pela complexidade de sua fronteira a possibilidade eminentemente quântica de uma meta fisica da acção, num diálogo para lá do sublime, entre a ética e a estética inerente na relação que é observável no percepto e que acontece entre o instinto do ‘artista re-objecto’ e o intuir do ‘sujeito co-criativo’.

Essa relação acontece pela explosão da objectificação de seu ego, na antagónica e paradoxal metamorfose do seu self, pelo momento da acção e da sua antagónica e passiva idade, de forma poli crítica e de conteúdo paradoxal, observando nesse processo uma meta filosofia ou para metafisica de questionamento que nos permite, com distinção, observar a inocência e complexidade da dual idade da idade do autor e de seus semelhantes.

O ‘artista re-objecto’ expõe-se titulado e em desiquilíbrio a certa distância do seu próprio centro criador, enquanto o ‘sujeito co-criativo’ se apresenta para o lugar equilibrado do observador consciente da acção e de sua própria realização utópica (não lugar).

[1] + Água, martelo madeira, caixa de cartão, seis frascos (seis tampas metálicas), tinta acrílica (ciano, magenta, amarelo), giz branco, fósforo, presença e acção.
Curadoria – Hugo Soares & João Gigante AISCA, Viana do Castelo,18 Janeiro 2014 PT

O livro Portuguese Emerging Art 2017, é uma publicação anual, em língua inglesa, que tem como principal objetivo promover o trabalho produzido por artistas emergentes portugueses, residentes em Portugal ou no estrangeiro. Trata-se de uma edição inédita em Portugal que pretende mostrar propostas visuais criativas e atuais. Com este objeto editorial pretendemos renovar o olhar sobre a produção artística contemporânea, revelando novos artistas, e também divulgar internacionalmente o trabalho feito por eles.

Artistas selecionados: Alexandra de Pinho, Alice Joana Gonçalves, Alma d’Africa, Ana Velez, Ana Wever, André Banha, André Catarino, André Martins, André Silva, António Guimarães Ferreira, Benedita Santos, Bruno Castro Santos, Bruno Lavos Marques, Carla Rebelo, Carolina Grilo Santos, Carolina Rocha, Catarina Nunes, Daniel Alfacinha, David Gonçalves, David Rosado, Débora Esperança, Eunice Artur, Filipe Garcia, Gonçalo Birra, Inês Brites, Inês Norton, Inês Teles, Joana Falcão, João Abreu Valente, João Biscainho, João Cristóvão Leitão, João R. Ferreira, João Saramago, Jorge Américo, Leonor Fonseca, Lucy Valente Pereira , Luis Almeida, Luis Plácido Costa, Luísa Passos, Maísa Champalimaud, Marcelo Menescal Dantas, Márcio Carvalho, Maria Lucia Cruz Correia, Mariana Dias Coutinho, Nuno Alexandre, Patrícia Geraldes, Paula Prates, Paulo Sousa, Pedro Oliveira, Rita Rainho, Sandra Roda, Tiago Verdade, Vieira Pereira e Diogo Viegas.

 

As categorias variam entre Arte digital / new media art, cerâmica artística, desenho, escultura, fotografia, instalação, arte performática, pintura, sound art e video art.

Os artistas com nacionalidade portuguesa com idades compreendidas entre 21 anos e 45 anos concorreram individualmente, em duo ou em coletivo, com uma obra, uma série ou um projeto artístico que tenha sido realizado ou não. Foram rececionadas 87 candidaturas nas seguintes categorias artísticas: arte digital / new media art, cerâmica artística, desenho, escultura, fotografia, instalação, performance, pintura, sound art e videoart. Foram selecionadas 56 obras.

Após a seleção, verificou-se um equilíbrio entre candidatos de sexo masculino e do sexo feminino: mais concretamente 50%.  A edição de 2017 inclui reflexões teóricas dos membros que compõem o júri de seleção das obras de arte. O design da capa é da autoria de Jorge dos Reis.

Lançamento: 20 de maio de 2017, às 12h30m, ARCO.Lisboa
Apresentação: 20 de Outubro às 15h no Festival FOLIO

Júri: Cláudia Camacho (PT), Jorge Reis (PT), Luísa Santos (PT), Mário Caeiro (PT), Rudolfo Quintas (PT), Simeon Lockhart Nelson (EN)

Formato fechado 290 x 240 com 208 páginas

Capa em cartolina papel glossy offset 300g
formato aberto 940×290
Impressão 4/4cor + plástico mate na frente

Miolo em papel offset glossy art paper 150g.
impressão 4/4 cores + verniz

Acabamento cosido à linha e colado à lombada

ISBN 978-989-20-7558-7